Esta última semana foi marcada por combativos protestos contra o aumento da passagem de ônibus de R$ 1,90 para R$ 2,10 em Teresina, capital do Piauí. Na quinta-feira, 5 de janeiro, em resposta a repressão policial, os manifesatntes incendiaram um ônibus e enfrentaram a tropa de choque da PM que, covardemente, lançou balas de borracha e spray de pimenta contra os estudantes. No segundo dia de protesto, pelo menos 18 pessoas foram presas.
Durante os dias seguidos de manifestações pelas ruas do Centro de Teresina, os milhares de manifestantes sustentaram palavras de ordem em defesa do passe livre e contra o aumento da passagem: “Mãos ao alto, R$ 2,10 é um assalto!”.
Diego de Oliveira, 22 anos, membro do Diretório Central dos Estudantes da UFPI, afirmou que as justas manifestações não vão parar até a passagem abaixar. E, em reposta a acusação de “vandalismo” por parte do monopólio da imprensa, o estudante afirmou que “Se é vandalismo o que fazemos, foi vandalismo o aumento da passagem. Estamos só devolvendo na mesma moeda”.
A PM do Piauí, temendo o aumento das passeatas, tem infiltrado policiais a paisana (P2) para identificar os líderes do movimento. Canetas especiais têm sido usadas para filmar as pessoas que participam dos protestos.
(Matéria publicada pelo blog da redação do Jornal A Nova Democracia.)
