segunda-feira, 16 de abril de 2012

Professores da Rede Estadual Baiana Exigem Aumento Salarial

Os professores da rede estadual de educação da Bahia estão parados desde o dia 12 desse mês. Os mesmos reivindicam 22,22 % de aumento. Também querem melhores condições de trabalho. O governador,  Jaques Vagner, já bateu o martelo oferecendo 6,5% de aumento e exigindo a ilegalidade da greve a justiça. Os professores e funcionários garantem que só voltam ao trabalho se tiverem as reivindicações aceitas.

sábado, 14 de abril de 2012

PROFESSOR É ASSASSINADO EM RONDÔNIA



Renato Nathan Gonçalves Pereira foi executado no dia 10 de abril quando retornava de Buritis para seu sítio em Campo Novo. Segundo moradores da região, ele teria sido parado numa blitz e covardemente assassinado por policiais civis a paisana com três disparos a queima roupa, sendo dois na nuca e um no rosto.
Com 28 anos, o professor Renato era casado e pai de uma menina de 2 anos de idade. Atualmente realizava serviços de topografia em sítios e para instalação de redes elétricas.
Renato trabalhou como professor durante anos e, durante todo esse tempo, ajudou na organização da campanha de alfabetização de jovens e adultos, na construção de escolas e na produção em Buritis. Era admirado pelos amigos e companheiros pelo seu jeito simples e pela incansável dedicação à luta dos camponeses de Rondônia.
Após o bárbaro crime, a moto de Renato foi encontrada com o capacete ainda no guidão, o que leva a crer que ele teria sido rendido e depois executado. Ainda segundo moradores, o motivo de seu assassinato seria uma provável vingança contra a morte de um agente penitenciário e um policial civil alguns dias antes. Segundo informações, os policiais, a mando de latifundiários e grileiros de terra, estariam envolvidos em vários crimes e assassinatos de camponeses em Buritis.
A imprensa de Rondônia em peso repercutiu uma espécie de “release” (que parece ter sido elaborado pela própria polícia ou a seu pedido) desqualificando Renato por sua vinculação com a luta camponesa. Destila absurdos como o que pretende relacionar o fato de Renato ser conhecido como “professor” comprovar que ele era um dos “articuladores” da Liga dos Camponeses Pobres. Ainda segundo tal matéria caluniosa, na casa de Renato teria sido encontrado “material com táticas de guerrilha”. E o que mostram as coisas fotografadas? Livros legalmente publicados, alguns há mais de 30 anos, outros há séculos, livros de cartografia… É esse tipo de jornalismo, salvo raras exceções, a soldo da polícia e do velho Estado o que se pratica em Rondônia.
Organizações de defesa dos direitos do povo, como o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo), além da própria Liga dos Camponeses Pobres, denunciam que tanto o assassinato de Renato como a divulgação de mentiras na imprensa visam fornecer o pretexto para que o velho Estado se lance na repressão desenfreada ao movimento camponês combativo, que vem resistindo às contínuas tentativas de despejo e criminalização por parte de agentes do Incra, Ouvidoria Agrária e outros órgãos do velho Estado.
Fonte: Blog da Redação do jornal A Nova Democracia.

COLEGIADO DE HISTÓRIA DA UPE CAMPUS PETROLINA PROMOVE MINICURSO SOBRE “PCB 90 ANOS – AS TENTATIVAS DE APLICAÇÃO DO MARXISMO À REALIDADE BRASILEIRA E SEUS IMPACTOS NA LUTA POPULAR”



A fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922 foi um reflexo do auge revolucionário alcançado pelo proletariado internacional com a Revolução Russa de 1917. Teve papel preponderante na criação e consolidação dos partidos comunistas no mundo inteiro a partir da criação, em 1919, da Internacional Comunista ou III Internacional.

No Brasil, o movimento operário até então dirigido por influência anarquista deu  um salto de qualidade com a fundação do PCB, embora a herança anarquista continue marcando a nova organização no início de sua existência.

Apesar de já fundado o Partido Comunista o grande movimento que caracterizou os anos 20 no Brasil foi o Tenentismo cuja expressão maior fora a Coluna Prestes que após a sua desarticulação se dividiu entre os golpistas liderados por Getúlio Vargas e o Partido Comunista que recebeu o principal líder da Coluna.

A vinda de Prestes trouxe um grande ânimo ao partido que já aos 13 anos de existência organizou uma grande frente antifascista com a ANL que após ser colocada na ilegalidade por Vargas levou o PCB a buscar assaltar o poder com o Levante de 1935.

Afora esta iniciativa de 1935 e a experiência guerrilheira do Araguaia do final dos anos 60 e início dos anos 70 foram poucos os momentos em que o Partido Comunista do Brasil assumiu uma postura efetivamente revolucionária. Entre estes momentos, são citados a guerrilha de Porecatú,  a de Trombas e Formoso;  em ambos os movimentos, os camponeses marcaram, juntamente com as Ligas Camponesas e sob a influência do PCB,  a história da luta no campo no Brasil.

O Minicurso de 10 (dez) horas será ministrado pelo Professor Fausto Arruda Aguiar Filho - Sociólogo e Cientista Político. Ex-professor da UNIFOR - Universidade de Fortaleza. Ex-presidente da APEOC - Associação dos professores do Estado do Ceará. Atualmente é membro do Conselho editorial do Jornal A nova democracia - Rio de Janeiro.

As inscrições, 40 vagas para o turno da tarde e 40 para o turno da noite,  poderão ser feitas no colegiado de História das 15 às 22 horas.



Por. Prof. Moisés Almeida