sexta-feira, 1 de julho de 2011

Povo grego se levanta contra pacote do FMI e União Européia


Na madrugada dessa quinta-feira (30), milhares de pessoas ocuparam as ruas de Atenas e mantiveram um intenso combate com as forças de repressão do Estado grego. O confronto se deu após a aprovação no parlamento do pacote de “austeridade” imposto pelo FMI e a União Europeia, frente à grave crise que assola o país. O primeiro-ministro vende-pátria, George Papandreou, com muito esforço, conseguiu 155, dos 293 votos do parlamento e aprovou o pacote. A decisão foi comemorada por diretores do FMI e gerentes da União Europeia, como  a chanceler alemã, Angela Merkel. Mas para o povo grego, não havia motivos para comemorar. Ao contrário disso, dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas de Atenas e sustentam desde a noite de ontem, até a manhã dessa quinta-feira, uma batalha ferrenha com a tropa de choque ateniense.

Para responder às bombas de gás lacrimogêneo e o spray de pimenta usado pela polícia, manifestantes armaram-se com pedras, paus e coquetéis molotov. De acordo com manifestantes, a tropa de choque teria usado bombas de gás químicas. Inúmeras cenas de violência policial foram registrada por cinegrfistas que estavam no local. Segundo informações de agências de notícias gregas, 26 policiais e 15 manifestantes foram levados para hospitais de Atenas com ferimentos graves. De acordo com a polícia, 38 manifestantes foram presos. Lojas de transnacionais, como MacDonald’s e CitiBank, foram despedaçadas pelas massas. Carros de polícia e latas de lixo foram incendidas e usadas como barricada pelos manifestantes. Em nenhum momento nas últimas 24 horas, a polícia teve descanso frente à fúria do povo grego, conhecido por sua combatividade.

Desde 2008, os protestos combativos são comuns na capital Atenas. Quando o gerenciamento Papandreou anunciou o pacote de privatizações, aumento de impostos, cortes de salários e demais medidas chamadas de “austeridade”, o povo se enfureceu. O objetivo do gerenciamento grego é economizar 28 bilhões de euros até 2015. E quem vai pagar essa conta é o povo, como sempre. Depois de três anos de intensos combates, esse é um momento decisivo para o corajoso povo da Grécia.

Escrito pelo Blog da Redação do Jornal A Nova Democracia

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